5 de setembro de 2010

Ok... (parte I)

Era uma quinta-feira à tarde. Estava rabugenta, de mau humor, sem vontade para nada. No entanto, como não faz parte de mim ficar a deprimir , mandei umas mensagens e ficou combinado com umas amigas ir jantar e depois cinema, ao shopping. Lá ganhei forças para vestir qualquer coisa e sair porta fora, para ir ter com elas.

Lá chegamos e no meio daquela confusão toda de gente, arranjamos uma mesa em frente à McDonalds e lá ficamos.

- S., olha para trás, RÁPIDO! Aquele é o P., aquele meu amigo que me perguntaste quem era à uns tempos.

Ora bem, quem é o P.? O P. começou a conversar comigo aqui pela net e dava-se muito bem com essa minha amiga, uma vez que são vizinhos.
Vi-lhe umas quantas fotos e, confesso, nada que me me deixasse em transe. Pele morena, cabelo castanho, aparentemente alto... Mas nada que mexesse muito comigo. Isso até ao momento em que olhei para trás.

-Aquele é o P.?
-É, porquê? É muito mau? *risos*
-Tás a brincar comigo? Já olhaste bem?

E verdade seja dita, Deus existe e está a trabalhar para a perfeição para fazer uma coisinha daquelas. Tinha cerca de 1,80cm, ombros largos, um sorriso de derreter e um olhar maroto. Pouco faltou para ele dar conosco e nos vir cumprimentar.

-P., esta é a...
-A S., eu sei, uma carinha destas não engana ninguém :)

Ai meu deus, que te desfaço já.
Conclusão, acabou por nos fazer companhia ao jantar.
Recebo uma sms. Eras tu. Olhei para ti um tanto confusa, estavas ao meu lado. Sorriste e continuaste a conversar com elas.

-Estás fantástica, S.

Voltei a olhar pra ti e voltaste a sorrir. Sem ter tempo para dizer alguma coisa:

-Oh P., não queres vir conosco ao cinema?
-Sim, pode ser, sempre vou bem acompanhado, né?
E lá fomos.

Sentaste-te ao meu lado e ainda esperamos uns 10min a conversar até que o filme começasse. Aquela boca, aquele perfume, aquelas mãos, LINDAS (tenho uma pancas por mãos) mesmo ali ao meu lado... Estava inquieta, confesso.

Pouco depois de o filme ter começado, das-me a mão. Só te sentia a fivela gelada do relógio a contrastar com a tua mão, quente, a entrelacar dedos com a minha. Não reagi. Apenas cedi, sem mais nada fazer, sem te olhar. Deste-me dois pequenos apertões e olhei pra ti. Sussurraste-me:

- Sinto-me a tremer.
- Porquê?
- Por estares aqui, pra poder olhar esses olhos de perto, como sempre te disse que quis fazer... Mexes comigo...

Levantaste-nos as mãos e deste-me um beijo no pulso, sem parar de olhar pra mim. Oh God, here we go again. Não posso, não devo, mal te conheço, vou ficar tolinha com uma peça destas e depois não consigo por travão...

Mas...

2 comentários:

Vontade de disse...

Mas claro que não resististe. ;)

Libertya... disse...

Mas...? ;)

Eu cá espero para ler o desenrolar...

Beijo libertyo