Para esclarecer

Ora bem, sendo que isto está um bocado confuso e uma dita "salgalhada", passo a explicar.

Sou uma rapariga chamada S., bissexual, relativamente jovem, do Porto, que precisa de uns desabafozitos, uma vez que não há ninguem a quem a gente confie 100% os nossos segredos e desabafos.

Vou já referir as personagens de que já falei, se entretanto surgir algumas, eu ponho uma notazinha.
O G. é um rapaz dois anos mais velho que eu com quem tenho uma espécie de "amizade colorida". Não há amor nem aquele típico sentimento de "sensação borboleta". Estivemos poucas vezes juntos desde que começamos esta espécie de "pseudo-relação oculta". Não o chamo de "caso" porque não é uma espécie de relação extra-conjugal, são apenas uma ou duas horas de desanuvio (da cabeça e do corpo). Conversamos, desabafamos sobre a vida, da rotina, das pessoas, etc. Começou por uma espécie de flirt em brincadeira e acabou conosco no quarto. Confesso que já tinha uma espécie de crush por ele à uns dois anos e meio. À pouco tempo, ele confessou-me que era mutuo.

O R., sendo completamente sincera, foi uma espécie de mancha na minha vida, completamente escusada. Senti na pele o que era ser traída e fui-me completamente abaixo. Estando afastada do meu namorado, o R. deu-me a volta. perdi a cabeça, estava revoltada, chateada comigo mesma, só queria descarregar a fúria de qualquer maneira. Foi a primeira vez que traí o B. (já falarei sobre ele). No entanto a conecção que tinha com o R. está mais do que desvanecida e dou graças por isso.

O B. é a pessoa mais importante que tenho. Pode não parecer, posso neste momento estar a parecer que tenho um rótulo na testa, mas não, e este blog é precisamente para explicar o que sinto. O G. é um desanuvio, uma quebra de rotina, é aquela sensação de flirt e picanço, de tesão e físico puro, que já não sentia à muito tempo. Daquelas coisas que se sente no início de um relacionamento. Eu e o B. namoramos à quase dois anos. Já tivemos muitas, muitas chatices, mas só deus sabe o que eu sinto por ele. O R. foi a fúria, foi o nojo, foi a raiva, foi a dor. O G., sendo muito sincera, foi uma loucura, um desejo oculto meu por aquele pedaço de gajo que leva a cabeça de qualquer uma aos céus.

Nunca fui muito de poligamias. Sempre estive bem com o B., nunca precisei de mais ningém. No entanto parece que levei um balde de água fria quando me disse que houve um beijo com aquela gaja. Podia ter sido com tantas outras, com os milhares de gajas que ele tem à volta, tinha de ser aquela. Passei-me, perdi a cabeça, o R. tomou conta disso. Arrependo-me, confesso.

Se não tivesse havido nada com o R., duvido que alguma vez tivesse tido coragem para te estado com o G. Mas com as mensagens que ele me mandava, ao saber que ele queria tanto quanto eu, fui ter com ele, deixei o resto para trás durante aquela hora e "desanuviei", deixei a tesão toda sair cá para fora, deixei-o encostar-me à parede, beijar-me e tomar conta de mim, fazer o que quisesse, porque tudo o que ele quisesse, eu queria também.