Estive com o G.
Como era de esperar, já passava da uma e meia da manhã, um vento e um frio desgraçado, mas a tua casa estava quentinha mal entrei. Só tu e o teu jeito de de me deixares fora de mim me fazem cometer loucuras. Não é certo, não devia de estar a acontecer. Mas quero-te tanto como tu me queres a mim. É tão errado, mas só eu sei como tremo quando passas por mim, quando à frente de toda a gente tenho de me conter, fingir que mal te conheço, ignorar e ficar na minha. Não é fácil de todo.
Estava com uma vontade doida de te beijar. Passava a noite toda nisso. Tocas-me de uma maneira tão leve, beijas-me de uma maneira tão intensa, o teu cheiro, o teu jeito...
Fomos a cambalear de beijos e apalpanços até ao teu quarto. Como eu adoro o teu quarto. Os teus perfumes todos dispostos na prateleira, o teu puff a condizer com a cama, os ténis ao lado da porta, o aquecedor virado pra nós, a mochila que já conheço à 3 anos pendurada ao lado do portátil. Como é que alguma vez eu iria adivinhar que iamos acabar os dois dentro do teu quarto, completamente loucos e incontroláveis, a despirmo-nos com uma vontade insaciável.
Quem diria que alguma vez iria beijar quanta perfeição de corpo. Pois não passas disso. É mutuo, eu quero-te, tu queres-me, mas no fim, ninguém vai saber, nada significou, só as paredes do teu quarto e as mensagens no telemóvel são as nossas testemunhas. Às vezes imagino-me contigo. Poder beijar-te à frente de toda a gente, ter um compromisso. É estranho. Mas quantas vezes me apetece. Todas as semanas, às terças e quartas de manhã, o meu coração bate mais rápido dos nervos, as minhas pernas tremem de desejo, e tu passas, como se nada fosse. Não podemos dar nas vistas. Tenho pavor que alguém perceba. Mas por outro lado apetece-me gritar a toda a gente o que se passa, poder dizer o que sinto quando me agarras à vontade. Mas não. Sabemos bem que não podemos.
Comeste-me como tu sabes, ao teu jeito. E eu adoro. Gosto de te mostrar que sei o que estou a fazer, e eu noto que tu o sabes, nota-se pelo teu desejo. Não quero que isto acabe. Quero abrir o portão de tua casa, subir as escadas e ser recebida com um beijo teu as vezes que forem precisas. As vezes que eu quiser. As vezes que tu quiseres. As vezes que nós quisermos.
14 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Tu lá tens as tuas razões para não poderes gritar bem alto akilo k sentes. Mas o dia de amanhã não sabes tu o k vai acontecer e como é lógico, tudo pode acontecer ;)
Beijos
Há gente a quem não se sabe resistir...
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